quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A ENTREVISTA DO MÊS - ANA PAULA HINING FAZ HISTÓRIA AQUI NO BLOG

‘Ana Raio e Paul Trovão’. Este poderia ser o título da novela envolvendo um ex-beatle e uma das suas mais dedicadas fãs. Ana Paula Hining provou que é possível cair duas vezes no mesmo lugar: no palco de sir Paul McCartney. E, como se o momento já não fosse inesquecível o suficiente, A moça pediu ao músico um favorzinho eterno: “assina aqui meu braço? Vou tatuar, vais ver só”. E viu mesmo. 15 dias depois, em outra cidade, Ana, com mais três amigas, estava de novo no palco ao lado do Beatle mais querido do momento exibindo no telão para milhares de pessoas um dos antebraços mais caros do mundo.


Ana no Morumbi já na finaleira do show, quando encontrou nossa equipe.
Foto: Divulgação/O Mundo Delirou

Quer saber mais sobre essa aventura? Leia a entrevista abaixo, rapaz. Mas leia logo, antes que a moça vire celebridade Global, saia na capa da Caras e nunca mais queira saber dos veículos regionais, cobrando uma nota por entrevistas deste naipe. Com vocês, a lacônica Ana Paula Hining - a nossa entrevistada do mês.

O Mundo Delirou: Ana, em primeiro lugar, parabéns pela determinação. Digo isso porque ouvimos no estádio um rapaz dizendo “nossa, que sorte, hein” para uma das garotas e como resposta obteve uma singela tijolada “Sorte nada! Isso é determinação! Fiquei 7 dias na fila!” Explique de onde veio esta ideia e quem te ajudou na execução do projeto.

Ana Paula Hining: Exatamente, posso ter tido uma ajudinha da sorte, mas meu empenho foi muito grande. A ideia veio quando eu vi uma menina que conseguiu isso no Canadá, daí resolvi tentar.

OMD: Você realmente achava que era possível subir no palco e conhecer um lorde inglês pessoalmente? Essa obsessão veio após a leitura do livro “O Segredo” que diz que tudo é possível, basta acreditar?

APH: Sim, eu li “O Segredo” coloquei uma foto do Paul no teto em cima da minha cama, e com certeza essa mentalização diária me fez subir no palco.

OMD: Você largou a família, amigos, pets, sua cidade natal e tudo mais para dormir em calçadas com gente estranha e passar fome embaixo de chuva. Essa maratona sofrida durou dias, mas era parte de um grande plano. Você diria que está apta e já é a favorita para ganhar a prova do líder no Big Brother Brasil caso seja uma das escolhidas para o confinamento? A chance é alta, tendo em vista que só convidam pessoas badaladas.

APH: Com certeza, na verdade eu só queria aparecer mesmo, meu grande plano desde o começo era conseguir uma vaga no BBB (meu sonho desde criancinha).

OMD: No show de PoA, o ex-beatle Paul chamou você e outra garota para o palco. No dia 22, em SP, você já chegou chegando, já estava lá em cima com outra rapeize. Conte pra gente quais os trâmites desta subida no último show do ex-Beatle no Brasil.

APH: Sem trâmites, pura sorte. Eu e Elisa levamos um cartaz apenas agradecendo a tatuagem “thanks for sign our arm, we tattooed it” (sim, eu sei falar inglês) e acho que o Paul leu errado e achou que queríamos uma outra tatuagem. Não entendi direito o que aconteceu, o fato é que, quando o segurança do Paul chega na frente de você e suas amigas e diz “ONE TWO THREE FOUR” você simplesmente não pode dizer “aaaaah não moço, de novo? Porra, manda outra pessoa ir abraçar o velho que eu não to afim’’.

OMD: No seu segundo cartaz, utilizado em SP, você queria que o Paul te contratasse. Mas pra fazer o que, querida?

APH: Foi uma “piadinha”. Alguém realmente acreditou que eu achava que ia conseguir um emprego? Porque ninguém xinga e esculacha o cara que pediu 2 vezes pra tocar bateria com eles? Alguém achou que o Paul ia dizer “sai daí Abeee, temos um novo baterista’’. Pelo menos o Paul respondeu pra ele, e aposto que ele ficou bem feliz, mesmo com o NÃO. Esse era meu único objetivo: o Paul olhar pra mim e dizer qualquer coisa que ele quisesse, mas saiu melhor que a encomenda.

Ana (à esquerda) no Morumbi com as amigas. Ah, e com o Paul também.
Foto: Divulgação/Orkut da moça

OMD: Se o Paul desenhasse o que quer que fosse no seu braço, tipo: uma bola, uma flor, um arco-íris... você tatuaria?

APH: Aham, se ele escrevesse COCÔ, eu tatuaria.

OMD: Respondendo ao ex-beatle e na sua opinião, “what’s wrong with Florianópolis?” ou, em bom português: qual o problema com Floripa?

APH: Precisaria de bem mais que algumas linhas pra dizer isso. Ainda me mudo pra Porto Alegre, eu amo aquele lugar.

OMD: Até que ponto as vaias para Florianópolis influenciaram e incentivaram o Avaí (Leão da Ilha) a ganhar do Internacional de Porto Alegre dias depois naquele mesmo estádio (Beira-Rio) e a sair do sufoco do rebaixamento? Como historiadora, você diria que o show do Paul mudou a história do Campeonato Brasileiro de Futebol?

APH: óbvio!

OMD: Assinale com um X o artista abaixo pelo qual você faria o mesmo que fez pelo Paul (sono, fome, cansaço, desconforto etc.):

a) Valdir Agostinho.
b) Armandinho.
c) Dazaranha.
d) Tijuqueira.
e) Os Chefes.

APH: RESTART!!!!

OMD: Como uma das grandes fãs de Beatles da humanidade, você poderia avaliar os Box contendo toda a discografia em CD lançados no ano passado? Você prefere os discos em mono ou estéreo? Aliás, há uma grande diferença técnica no áudio entre os CDs, os antigos discos de vinil, as fitas cassetes e os mp3 que vão desde a compactação até amplitude máxima das ondas graves médias e agudas, digitais ou analógicas. Explique para o leitor menos abençoado auditivamente essas sutilezas que todo o beatlemaníaco entende desde pequeno, por favor.

APH: Sou uma mera pseudo-fã de Beatles, a Wikipédia deve ter uma resposta bem legal pra isso.

OMD: Seu Beatle preferido sempre foi o Paul, ou essa onda toda foi porque ele é o que sobrou e está na ativa? Aliás, se o Ringo pedisse para autografar seu braço, você deixaria ou mandava o baterista se arrancar antes de chamar a polícia?

APH: O Paul não é meu preferido. E eu me contentava com um autógrafo do Ringo em algum dos meus LPs

OMD: Você é espírita? Entraria num Centro Espírita para conseguir autógrafos legítimos do John e do George?

APH: (Em branco - Não respondida por Ana Hining)

OMD: É verdade que a senhora e mais algumas amigas fundaram uma Ong anti-Yoko? Por quê (independente de sim ou não)?

APH: Não, não tenho nada contra a Yoko.

OMD: Você como historiadora deve reconhecer que a história é contada e escrita sempre por quem ganha, pelo lado vencedor. Pouca gente sabe que uma das maiores injustiças do rock é a falta de mérito a Pete Best, antecessor de Ringo Starr. O rapaz ajudou o Fab Four a chegar no topo e foi deixado de lado em 1962 na primeira gravação da banda. Pete é desconhecido, irreconhecível e ignorado na trajetória do grupo. Hoje o rapaz não passa de um bom pai de família, um vizinho bacana, um bom velhinho, um tiozão do churrasco. Por quê? É justo isso, Ana? Você tatuaria o autógrafo de Pete Best em prol da divulgação da verdade e da história mundial?

APH: (Em branco - Não respondida por Ana Hining)

OMD: Coloque os Beatles em ordem de sua preferência e nos explique o critério utilizado (seja lá qual for):

APH: John e Paul juntos, George, Ringo. Não tem critério, ou você gosta ou não gosta. Alguns você gosta mais, outros menos, é simples assim.

OMD: Ana, você, como toda a cidadã manezinha, já deve conhecer os Superfakes Minibonecos Artesanais (http://www.superfakes.com.br/). Inclusive há miniaturas fantásticas do Fab Four no catálogo. Você sabia que eles podem imortalizar, em forma de minibonecos, você, o Paul e até os dois juntos? Solicite já um orçamento, menina, não perca tempo.

APH: Desconheço essa manifestação de arte.

OMD: A senhora acha que esta foi a melhor entrevista de sua vida? Confirme, por favor.

APH: Confirmo.

OMD: Para terminar o nosso papo e te deixar descansar direito, agradecemos a entrevista exclusiva, a sua paciência e pedimos que envies um recado para todos os fãs dos Beatles, do mundo inteiro - principalmente os que pensam em subir no palco do Ringo ou do Paul. Valeu e até a próxima.

APH: Façam amizade com a produção e dêem uma graninha pra eles (leia-se: durmam cinco dias na fila).

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