quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O ROCK IN RIO DELIROU - E NÃO FOI SÓ NO NOME

Texto e fotos do correspondente @velhoerico



Assim como este blog, o ‘maior festival de música do sul do mundo e região’ também teve seus momentos inexplicáveis – e não foi só pelo fato da Claudia Leitttte ter misturado Led Zeppelin com Nação Zumbi ou porque a organização pagou ‘tarifa cheia’ pro Frejat fazer um show de covers. A intrépida equipe de reportagem especialmente enviada ao mega evento relata alguns momentos inesquecíveis que daqui a pouco ninguém mais vai lembrar:
 

Delírio #1: TAMPINHA NÃO! ou “A herança de Carlinhos Brown”

Sabe como é o rígido carioca way of life na segurança, certo? “Abre a mochila aí parfeiro”. Sujeito malemá botou o olho e mandou passar. Nosso repórter só não contava com as restrições a uma inocente garrafa d’água: “epa! Não entra”. Não entra o que meu filho? “A tampinha. A tampinha não entra”. E jogou fora o perigoso artefato de plástico. Motivo, segundo o segurança: “com a tampinha tu pode encher a garrafa e jogar no palco”. Fica tranqüilo amizade, o Carlinhos Brown não vai tocar esse ano. Nem o Lobão.



Delírio #2: Os Homens Heineken®

Filas quilométricas, uma sede do cão, canseira na lomba... de repente aparece um sujeito com um barril de chopp bom e gelado na tua frente! Não, não é o doce que tá batendo, é o Homem Heineken® que veio salvá-lo do perigo. (Isso não é merchã, mas se pintar uma propostinha, tamo aí...) Se bem que isso é o mínimo que o seu Medina tinha pra oferecer depois que colocou a Schincariol como patrocinadora do Rock In Rio de 2001.
 


Delírio #3: Ivo Meirelles evoca a Festa da Laranja

Intervalo de show, aquela pasmaceira braba... até que aparece a entidade IVO MEIRELLES (o Carlinhos Brown da Mangueira) agitando no palco Sunset. No exato momento em que ele começa a tocar “Pelados em Santos”, o Jamiroquai sentiu pena da galera e entrou no palco principal pra tentar reduzir o constrangimento. Mas o Ivão não se deu por vencido. Depois que a banda do mala do chapéu (agora, mala do cocar) saiu, lá veio ele: “Aí! Vou tocar uma música de novo porque na hora o pessoal foi pro outro palco. Vamo lá... mina, teus cabelo...”). É o clima “show do Zawaju’s na Festa da Laranja” imperando no maior festival do mundo.


Telão, bem esperto, orientando o pessoal a procurar o posto médico durante a apresentação do comentarista do Carnaval


Delírio #4: A atração sem fãs

Sabadão de sol, trinta e poucos graus... de repente, nos deparamos com um cordão de isolamento, cinco seguranças, duas emissoras de TV e... MEIA DÚZIA de fãs do Coldplay (um deles com a camisa do Oasis!) esperando a banda na frente do hotel Fasano, em Ipanema. Ou seja: uma equipe de reportagem para cada três fãs ou 0,8 segurança pra cada seguidor da banda mais coxinha do festival. Tá maus hein ô Cris Már (ouvido de um paulista do interioR no dia seguinte ao show)!!




Delírio #5: Acabe com a sua festa

Não sei quem foi o iluminado que teve essa idéia e quem foi o outro gênio que TOPOU, mas essa rapaziada tinha a certeza que, entre um show e outro, esse espaço ia fazer o maior sucesso: “aí, galera, vamo pegar uma cerveja ou fazer o teste de AIDS?”. Teve gente que preferiu o show do Ivo Meirelles.




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